Vanderlan Cardoso fala sobre projeto de compra de vacinas contra à COVID-19 por empresas públicas e privadas, em entrevista à Rádio Nova Liberdade

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Por O Sudeste

Nesta segunda-feira (05), o senador Vanderlan Cardoso, do PSD de Goiás, concedeu entrevista à rádio Nova Liberdade. A reportagem foi acompanhada, no estúdio da emissora, pelo Dr. Silas Roldão, secretário do PSD de Catalão.

Abrindo a participação, Vanderlan explicou como estão os trabalhos no Senado frente à pandemia do novo Coronavírus.  “Desde que se iniciou essa pandemia, que a gente vem com um trabalho muito voltado para essa questão. Coloquei meu mandato, meu gabinete, nosso conhecimento para ajudar os municípios com recursos, e também trazendo equipamentos, como foi o caso de respiradores, são quase 200 respiradores que nós colocamos desde o ano passado para cá, até esse mês”, relatou Vanderlan.

O senador ressaltou que além desse suporte, também estão sendo apresentados projetos importantes relacionados à pandemia, como o PL 1022/2021, que autoriza que empresas públicas e privadas comprem vacinas contra a Covid-19, desde que doem 50% ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Vanderlan disse que está otimista quanto à aprovação do projeto, que tem o apoio de senadores, classe empresarial, planos de saúde, sindicatos, entre outras entidades. “Deve ser pautado para essa semana e colocado em votação, já que ganhou repercussão nacional esse nosso projeto, e já tem juiz aí, não sei se vocês acompanharam na semana passada, juiz do DF já dando autorização para a Refit, antiga Manguinhos do RJ, a adquirir vacinas para imunizar seus colaboradores, e com isso, com certeza, vai tirando a pressão em cima do SUS”, informou o senador.

Ele argumentou que essa autorização de compra de vacinas será dada para prefeituras, governos estaduais, sindicatos, indústrias, comércios, entre outros segmentos, desde que haja doação de 50% das doses compradas ao SUS, o que poderá acelerar o calendário de imunização. Quanto à disponibilidade de doses, Vanderlan disse que é preciso deixar um projeto que facilite o acesso, porque há laboratórios já trabalhando e oferendo vacinas, que podem ser entregues daqui há 30, 60 dias. “O que nós precisamos é garantir os pedidos. Se o Brasil tivesse, lá atrás, quando foi implantado o plano nacional de imunização, ter feito a compra de vacinas, hoje, com certeza, a gente já teria entre 70 e 80 milhões de pessoas vacinadas. Só que nós demoramos, e não podemos demorar mais, temos que aprovar um projeto que vai oferecer para a iniciativa privada e pública, agilidade de comprar as vacinas, desburocratizar o processo”, garantiu.

O senador também alegou ser favorável à quebra de patentes de vacinas contra à COVID-19 e que a discussão está muito forte no Senado, mas que entende que não é um processo simples. “Os laboratórios que investiram, que desenvolveram as vacinas, isso tem um período para ter quebra de patentes, e eu não conheço bem essa legislação, porque é internacional. No caso de uma pandemia, pode ser que facilite essa quebra de patentes. Sou favorável, embora, sendo muito sincero, como fazer isso, eu não estou vendo que isso aconteça a curto prazo”, afirmou.

Vanderlan lembrou que com a aprovação do projeto, com vacinas para comercialização, em 60, 90 dias, a aquisição dos doses começará a ocorrer, pelas empresas públicas e privadas, em Goiás.

Dr. Silas Roldão fez uma intervenção na entrevista, afirmando que comentou sobre o projeto com vários empresários de Catalão e que é unanimidade a aceitação, seja de grandes ou pequenas empresas, visto que todos percebem que a ação deve viabilizar a resolução de vários problemas. “Eles vão poder comprar vacinas, vacinar seus funcionários, vai doar, vai ajudar o governo, e com a maioria da população imunizada, vamos alcançar a imunização de rebanho, e com isso a economia vai voltar à normalização do que era antes da pandemia. Estamos no momento mais importante para isso acontecer, porque já estamos no limite do desgaste na economia, não podemos mais suportar isso, e só com a vacinação é que vamos conseguir alcançar essa meta”, declarou.