Por O Sudeste
O governo de Goiás anunciou na manhã desta terça-feira, 16, um novo decreto com medidas restritivas que devem entrar em vigor a partir desta quarta-feira, 17, com suspensão de atividades econômicas durante 14 dias seguidos de 14 dias de abertura do comércio.
” No período de suspensão das atividades, os estabelecimentos mencionados no inciso IV do § 1º deste artigo somente poderão comercializar bens essenciais, assim considerados os relacionados à alimentação e bebidas, à saúde, limpeza e à higiene da população, hipótese em que os produtos não essenciais não poderão permanecer expostos à venda ou deverão ser identificados como vedados para venda presencial”, determina o documento.
O decreto estabelece ainda critérios de prioridade de embarque no transporte coletivo para trabalhadores das atividades essenciais que estejam em funcionamento. O vínculo empregatício deverá ser comprovado “por qualquer meio hábil, como contrato de trabalho, carteira de
trabalho, crachás ou outro documento”, diz o decreto.
O secretário da Casa Civil, Alan Tavares, explica que os municípios poderão flexibilizar algumas medidas a depender da classificação de risco da cidade e dos critérios estabelecidos pelo secretário de Saúde, Ismael Alexandrino.
“Aqueles municípios que estão classificados em situação de calamidade, eles não podem flexibilizar as medidas. Os que em estão em situação crítica ou em alerta podem flexibilizar dentro dos critérios estabelecidos”, afirma.
O procurador-geral de Justiça, Aylton Vechi, lembra que este é o momento mais crítico da pandemia até aqui o que faz necessária a adoção de medidas mais duras.
“Esse é o momento mais grave da pandemia até agora, mas ele acaba não sendo o pior momento visto que ainda não atingimos o platô e a situação ainda pode se agravar. De forma nenhuma as autoridades aqui presentes gostariam de chegar nessa situação, mas estamos no limite”, lamenta.
Emocionado, o procurador-geral do Município, Antônio Flávio de Oliveira, que representou o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) disse estar arrasado com a situação crítica que vivemos e com a desobediência civil.
“A situação é grave e qualquer maneira de dizer não será suficiente para ressaltar o tamanho da crise que estamos vivendo. A situação está lastimável, lamentável. Eu estou arrasado com tudo que está acontecendo, eu não sabia o tamanho da missão que eu teria quando aceitei essa função. Eu não em imaginei sendo alguém que estaria trazendo mensagens de calamidade, catástrofe, pedindo para as pessoas para deixarem de ir às ruas e obedecerem às regras e ao mesmo tempo ser atacado por isso”.
Jornal Opção
Foto: Felipe Cardoso / Jornal Opção