“Resgate do que há de bonito no esporte”: essa é missão de Ismael Alexandrino (PSD), como relator do projeto de alteração do Estatuto do Torcedor

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O Sudeste

O deputado federal Ismael Alexandrino (PSD), que é integrante da Comissão de Esportes da Câmara dos Deputados, será o relator do Projeto de Lei 2357/23, que altera o Estatuto do Torcedor. A medida tem como objetivo reduzir e responsabilizar os mais diversos tipos de violência cometidos no âmbito esportivo, dentro e fora de campo.

Em entrevista ao Jornal Opção, Alexandrino afirmou que o estatuto do torcedor tende a ser incorporado pela lei geral do esporte e a proposta é uma revisão geral para resgatar a beleza dos esportes e tomar de volta os benefícios que “foram invadidos pelas organizações criminosas, seja pela violência ou pela manipulação de resultados”, explicou.

Ele reforça que não só os torcedores devem ser punidos por violência física ou agressões verbais, como em casos de racismo e homofobia, mas também os clubes precisam ser responsabilizados pela violência das torcidas organizadas. “O clube que não toma nenhum time de providência, seja com o fechamento dos portões para a torcida, seja pelo descadastramento dessas pessoas, ele é conivente”, destacou Alexandrino.

 

 

Histórico de violência

 

Na reportagem, o deputado federal lembrou três casos recentes de violência nos esportes para exemplificar a necessidade de uma ampla discussão do tema, em audiências públicas. Entre eles, o que ocorreu com Vinicius Jr., jogador do Real Madrid, alvo de comentários e insinuações racistas dentro do estádio durante uma disputa pelo campeonato Espanhol.

O jogador Luan Guilherme, do Corinthians, também sofreu agressão na semana passada, por parte de torcedores do clube paulista e em outro caso mais grave, uma torcedora do Palmeiras morreu após ser agredida durante uma briga entre torcedores do Flamengo e Palmeiras. A vítima aguardava na fila para entrar no estádio quando a confusão se iniciou. “Muitas mudanças devem vir por meio das audiências públicas que faremos, mas o que dá para adiantar é que precisamos dar um fim nisso”, afirmou Alexandrino.

Regras mais duras para os casos de manipulação de resultados, como os revelados pelo Ministério Público de Goiás, também fazem parte da proposta.

 

O Sudeste com informações do Jornal Opção