O Sudeste
Nas últimas semanas, além da onda de calor acima do normal, os goianos precisam lidar com constantes interrupções de energia elétrica. Para falar sobre o assunto, a empresa concedeu coletiva para a imprensa nesta quarta-feira, 27. Nela, o presidente da Equatorial Goiás, Lener Jayme, afirmou ainda que a empresa não está preparada para o tempo chuvoso. Segundo ele, não é possível em 9 meses reparar 20 anos de falta de investimentos no setor.
“Nós não conseguimos preparar a rede para o período chuvoso, pois foram mais de 20 anos sem investimentos na rede energética aqui em Goiás, o que impossível de se resolver em apenas 9 meses. O que eu posso garantir é que a qualidade dos serviços vai ser melhor do que a do ano passado e que 2024 vai ser melhor que 2023, mas dizer que a rede está preparada, isso não é possível afirmar”, disse o presidente.
A empresa afirma que por conta do calor, o aumento no consumo de energia faz com que vários goianos enfrentem problemas de falta energia. Vários são os relatos de moradores reclamando de quedas constantes, intermitências na distribuição e as reclamações junto a concessionária tem aumentado significativamente. Para o presidente, neste momento é necessário o consumo consciente de energia para evitar a falta de energia.
“O que a população pode fazer neste momento é o consumo consciente. Sabemos da necessidade e da expectativa da população, já trabalhamos para reduzir para menos de 3 minutos de as interrupções e seguimos investindo em infraestrutura, atendimento a todas as demandas da população”, afirmou.
Em um ranking com 29 concessionárias de grande porte no Brasil, a Equatorial Goiás se destaca como a 3° pior do país. Ela só perde para ela mesma, ficando atrás da Equatorial Maranhão, que ocupou a 2° posição, seguida pela Equatorial do Rio Grande do Sul, que levou a coroação de pior distribuição de energia elétrica do Brasil. Os dados foram divulgados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A Equatorial Energia é a empresa brasileira que comprou a distribuição de energia em Goiás por R$ 1,6 bilhão em setembro de 2022, com a crise da Enel, e começou a operar em janeiro de 2023. A concessionária também atua em outros seis estados: Maranhão, Piauí, Pará, Rio Grande do Sul, Alagoas e Amapá. Além de suas distribuidoras aparecerem no ranking da Aneel como piores do país, a empresa já foi denunciada pelo Ministério Público Federal por crime ambiental e está entre as companhias com maior lucro do país.
Jornal Opção