Por O Sudeste
Morreu nesta quarta-feira, 13, às 4h10, em São Paulo, o prefeito licenciado de Goiânia, Maguito Vilela. Ele lutava contra sequelas da Covid-19 e estava internado no Hospital Israelita Albert Einstein desde o dia 27 de outubro de 2020. Maguito, que completaria 72 anos no dia 24 de janeiro, deixa a esposa, Flávia, quatro filhos (entre eles Daniel Vilela), quatro netos e 1,5 milhão de goianienses órfãos.
Em nota a assessoria de impressa da Prefeitura de Goiânia informou que a família está providenciando o traslado do corpo de São Paulo para Goiás e ele deve ser sepultado em Jataí, sua terra natal. O sepultamento acontecerá em Jataí, sua terra natal.
Eleito com 277.497 dos votos (52,60% dos votos válidos), o político fez campanha no 1º turno por 21 dias até que, em 19 de setembro, testou positivo para Covid-19. Maguito chegou a ser internado em um hospital da capital, mas diante do agravamento de seu quadro acabou sendo transferido às pressas para o Albert Einstein, em São Paulo.
Maguito lutava contra a sua segunda infecção pulmonar, detectada em sete de janeiro – há seis dias, portanto. A notícia de que o paciente havia sido acometido por bactérias no pulmão jogou um balde de água fria em todos que torciam pela sua recuperação, já que antes dela Maguito estava lúcido, assistia a filmes e jogos de futebol no seu quarto, falava com o suporte de uma válvula (que tampava o orifício aberto em sua traqueia para ventilação mecânica) e recebia visita dos netos.
Trajetória
Luís Alberto Maguito Vilela nasceu em Jataí (GO) no dia 24 de janeiro de 1949, filho de Joaquim Morais Vilela e de Nazime Martins Vilela. Formou-se em direito na Faculdade de Direito de Anápolis (GO) em 1974. A trajetória política iniciou-se sem sua cidade natal, onde foi eleito vereador na legenda Arena, em 1976. Tomou posse em fevereiro de 1977 para um mandato de seis anos, ocupando a presidência da Câmara Municipal durante essa legislatura.
Com a extinção do bipartidarismo, em 1979, e a consequente reformulação partidária, Maguito transferiu-se para a legenda do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), legenda de oposição ao regime militar. No pleito de novembro de 1982, elegeu-se deputado estadual de Goiás pelo PMDB. Em fevereiro de 1983, tomou posse no Legislativo e durante o mandato tornou-se vice-líder do seu partido e líder do governo na Assembleia.
Nas eleições de 1986, elegeu-se deputado federal constituinte por Goiás na legenda do PMDB. Com a promulgação da Constituição em 5 de outubro de 1988, retomou os trabalhos legislativos ordinários.
No pleito de outubro de 1990, concorreu com êxito ao cargo de vice-governador de Goiás, em chapa encabeçada por Iris Rezende. Deixou a Câmara em janeiro de 1991, ao final da legislatura, e assumiu a vice-governadoria em março seguinte. Com o apoio de Iris, elegeu-se no segundo turno governador de Goiás na legenda do PMDB, tendo obtido 1.013.025 votos.
Em 1998, elegeu-se senador, tendo como primeira suplente Iris de Araújo Resende, esposa de Iris Rezende. Em janeiro de 2002, foi candidato a governador do Estado de Goiás pelo PMDB, mas foi derrotado, ainda no primeiro turno, por Marconi Perillo (PSDB). Nas eleições de 2006, foi novamente candidato a governador do Estado de Goiás e novamente derrotado, dessa vez, por Alcides Rodrigues, do Partido Progressista (PP).
Maguito Vilela foi nomeado vice-presidente do Banco do Brasil em 2007, pelo ministro da fazenda Guido Mantega. Em 2008 foi eleito, no primeiro turno, prefeito de Aparecida de Goiânia, cidade situada na região metropolitana da capital goiana, com 81,11% dos votos.
Foi também dirigente do Vila Nova Futebol Clube e vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol, além de também ter atuado como presidente regional do PMDB em Goiás.
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