MENINO DE APENAS 10 ANOS VIRA MENINA

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Rebekah Brushoff é uma garota trans de 10 anos que gosta de praticar balé e usar o cabelo na cor rosa. Em uma reportagem feita pelo canal estadunidense Barcroft TV, a família conta como foi que a menina se descobriu transgênero tão jovem e os passos que ela está dando durante a transição.

De acordo com a mãe, Jamie Bruesehoff, Rebekah sempre foi uma criança que não se adequava com o seu gênero . “Ela amava rosa, brilhos e todas as coisas femininas. E estava tudo bem para a gente”, diz ela. Conforme ela foi crescendo, os familiares começaram a perceber que ela estava ficando mais estressada, como em momentos que ela tinha que ficar junto com os meninos na escola, mas eles ainda não entendiam que ela era transgênero .

Quando ela tinha sete anos, Rebekah estava tendo crises de ansiedade e sofria de depressão. “Nós estávamos lidando com uma criança de sete anos que queria morrer. Uma vez ela abriu a janela do segundo andar e tentou pular de lá”, conta a mãe.
Vendo que a situação era grave, a família buscou um especialista de gêneros para ajudá-los a entender o que acontecia com Rebekah. Foi neste momento que ela contou aos pais que se sentia como uma garota em sua cabeça e em seu coração. Aos oito anos, ela começou a transição e passou a ser chamada de Rebekah.

“Eu sentia que era uma garota porque gostava de rosa, de roupas de meninas e de como elas usam o cabelo”, conta a menina. “Quando eu vejo fotos antigas do Ben [seu nome antes da transição], eu penso nele como parte do meu passado. Agora eu sou eu”.

Mudanças no corpo

De acordo com a mãe, ainda é muito cedo falar de transição médica com a pequena Rebekah. “A transição médica envolve muitos passos e cada pessoa trans escolhe como fará a sua”, explica a mãe.

No caso de Rebekah, o primeiro passo deve ser bloquear a puberdade. Isso fará com que ela não desenvolva pelos faciais ou que sua voz fique mais grossa. Depois, a menina deverá começar a tomar estrogênio, o hormônio feminino. A cirurgia poderá ser feita, se for o desejo de Rebekah, depois que ela completar 18 anos de idade.

O pai da criança é pastor e diz que está sempre preocupado com a maneira que as pessoas tratarão a filha. Enquanto isso, o irmão mais novo de Rebekah diz estar feliz com a situação. “É legal ter uma irmã ao invés de um irmão porque eu já tenho um irmão mais novo e um irmão mais velho seria demais pra mim”, brinca Elijah Bruesehoff.

Apesar de receber muitos comentários negativos nas redes sociais, a família de Rebekah está confiante com a maneira que eles estão lidando com a filha transgênero. “Nós a apoiamos da melhor maneira que podemos e também recebemos apoio que precisamos como pais”, diz a mãe.