Henrique Meirelles: candidatura mantida

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O Sudeste

Em Goiânia para um encontro com deputados estaduais na quinta-feira, 15, o ex-ministro da Fazenda e pré-candidato ao Senado Henrique Meirelles (PSD) reiterou que o Senado Federal é o local onde as reformas precisam e devem acontecer. Diferente de 2002, quando foi eleito deputado federal e deixou o cargo para assumir a presidência do Banco Central (BC), o pessedista afirma que o Senado Federal carece de políticos que entendem de Economia.

O discurso foi feito por Meirelles em um bate volta, onde discursou para 22 deputados estaduais, dois ex-deputados e o presidente Regional da sigla, Vilmar Rocha, que é quem tem bancado a pré-candidatura dele para o Senado Federal junto com o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Lissauer Vieira (de saída do PSB), que organizou a reunião.

Sempre voltado para a Economia e para o que pode ser feito por ele em Brasília para melhorar o Estado, o pessedista lembrou os parlamentares o que o motivou para que ele não assumisse o mandato de deputado federal em 2003. Ele foi eleito em 2002 como o deputado federal mais votado, com 183.046 votos e não assumiu o cargo para assumir o Banco Central logo no início do mandato de Lula (PT). Meirelles ficou por oito anos no posto.

Segundo o pré-candidato, o momento era diferente de agora, onde as pautas econômicas estão sendo debatidas no Congresso Nacional e, lá, ele acredita que poderá ajudar mais o Estado de Goiás, assim como acreditava que, no Banco Central, ele teria um poder maior do que na Câmara Federal em 2002. “Em Brasília, como o presidente do Banco Central mais longevo, consegui gerar 350 mil empregos, me senti muito gratificado. Foi a melhor maneira de atingir aquele motivo que tinha me sido proposto”, discursou Meirelles, que aceitou a indicação porque teria mais independência, mesmo depois de ter se posicionando contra o presidente da República. “Aceitei porque condicionei à minha independência”, acrescentou.

Momentos diferentes

Situação parecida com a de hoje, onde o pessedista continua ocupando cargos ligados a Economia. Ele avalia que o momento é diferente, é do Legislativo. Ele assumiu o Ministério da Fazenda em 2015, e hoje atua como secretário da Fazenda de São Paulo. “O momento requer experiência e pessoas que entendem de Economia no Senado Federal, onde são decididas as coisas, com as reformas necessárias”, acrescenta.

Foi justamente este o teor da conversa dele com os parlamentares. Henrique demostrou disposição de concorrer ao Senado, falou das razões pelas quais pretende se candidatar, demonstrou o que pode fazer por Goiás em termos de atuação Federal, além de falar sobre como pode trazer recursos e como vai atuar nas reformas.

“Quero ser candidato porque o momento é de criar e de pautar essas questões serão decididas no Senado Federal. Desta vez será definida no Congresso Nacional, seja reforma administrativa, seja reforma tributária”, acrescentou o goiano, que contou com o apoio dos deputados estaduais, que enxergam em Henrique uma pauta econômica que pode auxiliar o Estado.

Segundo Vilmar Rocha, este papel precisa ser exercido por alguém como Meirelles. “Já tivemos Delfim Neto [ex-ministro da fazenda e ex-deputado federal] e são políticos que influenciaram muito os governos”, comentou o presidente da sigla, que pretende bancar essa candidatura majoritária, mas que pretende mobilizar os deputados para que a maioria da sociedade e das forças políticas do Estado também entendam essa necessidade.

A maioria dos deputados goianos também citam o legado e a influência de Meirelles na pauta econômica, como lembra o deputado estadual Thiago Albernaz (Solidariedade), o deputado Wagner Neto (Pros) e o deputado Álvaro Guimarães (PL). “O povo precisa saber que o senhor trocou o cargo de deputado federal por um cargo maior”, destacou Álvaro Guimarães.                                                                   Jornal Opção