Por O Sudeste
Após criar o programa Mulher Empreendedora, a GoiásFomento conseguiu aumentar em 139% o volume de recursos liberados para o público feminino. Uma das beneficiadas é a empreendedora Nathália Vicente Prado, que trabalha com uma marca de roupa feminina infantil há três anos. Com a pandemia e as limitações do trabalho presencial, pela primeira vez ela pegou um empréstimo junto à agência de fomento para pagar contas e migrar de vez para o comércio eletrônico. Com o valor de R$ 60 mil conseguiu uma conquista importante para sobrevivência de todo negócio: ter capital de giro.
“Como a gente é pequeno, não tem capital de giro. Você movimenta com o recurso que consegue na semana. Vendia na feira no fim de semana para pegar o dinheiro, pagar funcionários e comprar os insumos e continuar produzindo”, explica a empresária. Com a pandemia do coronavírus, a situação piorou. As vendas caíram. “Esse dinheiro vem para colocar minhas contas em dia e para ter capital de giro. Na verdade, nunca tive. Agora, vou ter. Servirá para comprar insumo e ampliar meu negócio”, conta Nathália.
Com a recomendação do governador Ronaldo Caiado, a GoiásFomento tem como uma de suas atuações o incentivo às mulheres na liderança de empresas. O programa com o enfoque nesse público foi iniciado em março, mês alusivo a elas. A iniciativa incluiu linhas de crédito especiais voltadas para o empreendedorismo feminino.
A ação deu tão certo que esse público passou a representar 46,6% dos clientes da GoiásFomento, entre março a 31 de outubro, quando chegou ao fim o Programa Mulher Empreendedora. Nesse período a agência liberou R$ 27,84 milhões para empresas com mulheres na administração. Os números são bem superiores aos de 2019, quando, no mesmo período, foram liberados para elas R$ 11,67 milhões em operações de crédito.
Neste ano, a maioria do volume emprestado pela GoiásFomento é para microempresas. Foram beneficiadas no total 492 empresas administradas por mulheres. O resultado dessa ação do Governo de Goiás contribuiu para a geração ou manutenção de 2.076 empregos.
Entusiasta da mulher como dona de seu próprio destino, a presidente de honra da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) e coordenadora do Gabinete de Políticas Sociais, primeira-dama Gracinha Caiado, destaca que investir no empreendedorismo feminino e prestar apoio especialmente às micro e pequenas empreendedoras, “é impulsionar o comércio, criar empregos e garantir renda de famílias inteiras.”
“Tanto no campo quanto nas cidades, as mulheres goianas dão exemplo de criatividade, iniciativa e muita vontade de trabalhar e, muitas vezes, precisam apenas desse apoio, dessa ajuda. E é papel do Estado prestar isso, especialmente nesse momento de crise em que estamos vivendo”, aponta Gracinha Caiado.
Competência
O governador Ronaldo Caiado ressalta que os incentivos da GoiásFomento são importantes porque são uma política pública de geração de emprego. Ele destaca que a mulher tem o dom para inovar, com ideias e talentos diferentes. “Está vestida de um desafio especial: ser referência no que faz. E com muito cuidado e dedicação. A mulher, cada vez mais, mostra sua capacidade de gerenciar, de ter transparência em todas as ações praticadas e com a competência que lhes acompanha”, reforça.
O presidente da GoiásFomento, Rivael Aguiar, ressalta que as mulheres desempenham um papel fundamental no empreendedorismo no país, e, como consequência disso, aumentam sua importância no financiamento e na manutenção dos lares. “O nosso governador Ronaldo Caiado, atento a essa tendência, determinou que a GoiásFomento desse atenção especial às empreendedoras em Goiás”, afirma.
Rivael explica que o Mulher Empreendedora estava inicialmente previsto para durar três meses, porém, devido à grande demanda, houve a ampliação até o fim de outubro. Os R$ 27 milhões de recursos liberados às empresas administradas pelas mulheres representou 47% do total de valor liberado no mesmo período. “É com muito orgulho que a comemoramos esse resultado. A GoiásFomento continua com o atendimento e os olhos voltados para atender o público feminino que buscar a agência”, enfatiza o presidente.
Condições
Atualmente, a agência trabalha com várias linhas de crédito, entre elas, CredFomento, Crédito Produtivo, FCO, Turismo, entre outras, com juros a partir de 5% ao ano mais Selic e prazos de pagamento que variam de 36 até 240 meses, a depender da modalidade. O período de carência pode variar de seis até 60 meses.
A empreendedora Nathália Vicente vai começar a pagar o empréstimo só no final de 2021, parcelado em 36 vezes. “Vou poder investir nesse prazo que tenho de carência e fazer com que isso gere recurso para poder pagar o empréstimo. Isso pra mim é excepcional”, comenta.
Fotos: Octacílio Queiroz
Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás