Por O Sudeste
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM) reforçou, na manhã desta sexta-feira, 26, que o decreto pelo fechamento total do comércio deverá permanecer até terça-feira, 30, às 00h. Um novo decreto será divulgado, segundo ele, nesta mesma data com previsão para liberação total das atividades comerciais no Estado por um período de 14 dias.
“As regras são aquelas que já definimos: 14 dias fechados, 14 dias abertos. Claro que de maneira responsável, não vai haver festas, eventos e outros. Mas vai haver um retorno, até porquê foi esse o compromisso que fizemos com a população. Dentro de um regramento, não de um zoneamento”, disse o governador ao comentar o assunto.
Em um outro trecho, Caiado justificou a medida tomada apesar do crescente número de casos, internações e óbitos por coronavírus em todo Estado. “Nós nos comprometemos com a população goiana. Cabe a mim, como governador, manter o que disse. Se nós não cumprirmos aquilo que nos comprometemos, perderemos nossa condições de pedir a eles que possam aderir ao isolamento nos 14 dias. Saberemos equilibrar tudo com muita tranquilidade”, garantiu.
Novas doses
Após a chegada de novas 119 mil doses de vacina contra a Covid-19, nesta manhã, o governador também considerou que, a partir da aplicação de todo o carregamento, poderá haver, em um prazo de aproximadamente 40 dias, uma demanda “bem menor” em relação a busca por leitos de UTIs, além de uma queda do número de óbitos no Estado.
Outro detalhe pontuado por ele diz respeito a possibilidade de redução da faixa etária para aplicação das vacinas em Goiânia. Ele lembrou que em municípios menores já houve uma redução para os 60 anos e disse acreditar que na capital essa faixa deverá cair para 65 nos próximos dias.
Grupos prioritários
Caiado voltou a assegurar que parte das doses recebidas pelo Estado serão reservadas e destinadas aos profissionais da Segurança Pública de Goiás. A classe, segundo ele, “extrapolou toda e qualquer projeção imaginável” em relação aos índices de contaminação e morte pelo coronavírus.
Após a vacinação da população com 60 anos ou mais, Caiado explicou que as aplicações poderão ser estendidas também a outros grupos prioritários, como professores, por exemplo.
Anseio
O governador disse que tem buscado promover um grande debate sobre a necessidade de se “quebrar o monopólio” que restringe a produção de vacinas a uma pequena parcela de laboratórios.
“Esse é o grande debate que tenho feito e que buscarei apresentar hoje em reunião com o Senado. A OMS precisa dizer se irá manter o monopólio desses laboratórios. Não queremos quebrar nenhuma patente, queremos que se cumpra a legislação, mas que ao mesmo atempo se atenda a essa demanda, que é do mundo todo”, pontuou.
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