Caiado critica votação remota da reforma tributária: “mais uma aberração”

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O Sudeste

Governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB) classificou como “mais uma aberração” a votação remota da reforma tributária. A medida do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), visa  facilitar a obtenção de quórum para analisar a matéria, que deve ser votada nesta quinta-feira (6/7), a partir das 18h.

Para Caiado, a medida adotada por Lira é considerada “um sinal inequívoco de que os fiadores dessa reforma não querem que se conheça os detalhes do texto antes de ser aprovado”. “Estão fazendo as pessoas comprarem o produto pela embalagem, não pelo conteúdo. É o novo normal do parlamento”, afirma o chefe do Executivo goiano.

Ainda segundo o governador de Goiás, a PEC mexe com a vida e o bolso de todos os brasileiros. “Querem aprovar um texto que sequer foi publicado na íntegra e sem um debate qualificado na Câmara”, finaliza.

Votação remota 

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), permitiu que os deputados marquem presença e votem de forma remota, por meio de um aplicativo para facilitar a aprovação da reforma tributária. A decisão foi publicada nesta quinta-feira (6/7) no Diário Oficial da Câmara.
Em meio ao esforço concentrado para destravar a pauta econômica, Lira havia permitido até quarta (5) apenas marcação de ponto e votação presencial. O objetivo era fazer com que todos os deputados fossem a Brasília para as reuniões com as bancadas partidárias sobre as matérias a serem votadas. Agora que as pautas já foram discutidas pelos deputados, o uso do aplicativo para marcar presença e votar facilita a obtenção de quórum para analisar a reforma tributária.
Como se trata de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), o texto precisa do apoio de no mínimo 308 parlamentares da Casa, em cada um dos dois turnos de votação. Lira iniciou na quarta a discussão da reforma no plenário, e a expectativa é que a votação comece nesta quarta-feira (6), a partir das 18h.
A Redação