O Sudeste
A Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) avalia que a alta da Selic “pode impactar em maiores juros para as operações de investimento e custeio por parte do setor produtivo rural e poderá retardar os investimentos do setor”, afirmou Edson Alves Novaes, gerente técnico da Faeg, ao jornal A Redação, nesta quinta-feira (18/9). A elevação de 0,25 ponto porcentual da taxa de juros foi anunciada pelo Banco Central no início da noite de quarta-feira (18/9). Com isso, a Selic vai a 10,75% ao ano.
A federação defende a redução do gasto público e o equilíbrio nas contas fiscais. “Tivemos uma deflação de 0,02% no IPCA do mês de agosto/2024. No nosso entendimento, não era hora de aumento na taxa de juros, até porque nos EUA tivemos uma redução de 0,5% na taxa de juros como forma de estimular a economia. A justificativa do Copom foi de que foi necessário o aumento da taxa de juros, devido à expectativa de risco para o aumento da inflação”. “A política monetária não é a única política que pode ser trabalhada para conter a inflação”.
“Qualquer aumento da taxa de juros impacta na realização de novos investimentos e expansão do setor produtivo. E também impacta no aumento do consumo, pois restringe o crédito. E isso impacta no crescimento da economia, que por sua vez impacta no crescimento da renda e dos empregos”, acrescentou Edson Alves Novaes.
A Redação
Edson Alves Novaes, gerente técnico da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) (foto: divulgação)