8 políticos que entram no jogo para a disputa da Presidência da República em 2026

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O Sudeste

Ao menos sete políticos se cacifaram para a disputa presidencial em 2026 — daqui a quatro anos. O grande tira-teima pode ser entre o presidente Jair Bolsonaro, do PL, e o presidente eleito Lula da Silva, do PT.

Lula da Silva foi eleito, mostrou força e soube fazer aquilo que Bolsonaro não soube: agregar forças variadas, inclusive no segundo turno, com o apoio da senadora Simone Tebet (que tende a ser convidada a se filiar ao PT). Porém, a quantidade de votos de Bolsonaro indica extrema força política, o que poderá torná-lo candidato a presidente em 2026 (ele estaria falando que será candidato a deputado federal).

Lula da Silva terá 81 anos, em 2026, e tem dito que não irá à reeleição. Mas qual é a alternativa do PT? Se não aparecer até lá, e se estiver com saúde e bem avaliado, poderá ir para o “sacrifício” e disputar eleição. No PT não desponta nenhum outro grande nome. Pode ser Simone Tebet, hoje no MDB? Até pode, se depender de Lula da Silva. Mas o PT é um partido exclusivista e tende a não aceitar cristãos-novos para disputas majoritárias.

É possível que a centro-esquerda se una para enfrentar um candidato da direita ou da centro-direita.

Por fim, há Ciro Gomes, do PDT. Há quem acredite que disputará mais um mandato. Mas ele tem sugerido que não planeja ser candidato a presidente em 2026.

1

Eduardo Leite/PSDB

Eduardo Leite: governador reeleito do Rio Grande do Sul | Foto: Reprodução

O jovem tucano ganhou a segunda eleição seguida para governador e derrotou um bolsonarista radical, Ônyx Lorenzoni, com ampla vantagem: 14,24 pontos percentuais. No segundo turno, agregou o apoio do PT. Ele se tornou um play nacional.

Posição política: centro-esquerda.

2

Guilherme Boulos/Psol

Guilherme Boulos (Psol): deputado federal eleito | Foto: reprodução/Facebook

A imagem de radical atrapalha Boulos. Mas ele foi o mais votado para deputado federal em São Paulo, com 1.001.472 votos, bem à frente da segunda colocada, Carla Zambelli, com 946.244 votos, e do terceiro, Eduardo Bolsonaro, com 741.701 votos. Ou seja, ninguém da máquina bolsonarista conseguiu derrotá-lo.

Porém, uma eleição presidencial é bem diferente de uma eleição para deputado federal. A máquina conservadora pode “trucidá-lo” na campanha. E, pelo Psol, que não tem estrutura, não tem chance alguma. Poderia se filiar ao PT, mas, no PT, Boulos não se descaracterizaria política e eleitoralmente?

Posição política: esquerda ou extrema-esquerda.

3

Jair Bolsonaro

Jair Bolsonaro: o presidente perdeu mas tem capital eleitoral | Foto: Isac Nóbrega / PR

Com uma votação gigante em 2022, o presidente está cacifado para a próxima disputa. Outro caminho é bancar Tarcísio de Freitas para a disputa presidencial.

Posição política: direita ou extrema-direita.

4

Lula da Silva

Lula da Silva: presidente eleito do Brasil | Foto: Carla Carniel/Reuters

O presidente eleito está dizendo que não disputará a reeleição. Porém, se o PT não tiver alternativa forte em 2026, pode acabar indo para o “sacrifício”.

Posição política: esquerda.

5

Romeu Zema/Novo

Romeu Zema: governador reeleito de Minas Gerais | Foto: O Tempo

O que falta ao governador de Minas Gerais é ser mais conhecido no país e ter o apoio de um partido forte. Foi eleito, com relativa facilidade. Seu problema é que, no espectro bolsonarista, não é bem-visto, por ser considerado “independente”. Bancou o presidente em Minas, apareceu em fotos e vídeos, mas o bolsonarismo sugere que, no dia a dia, não se empenhou tanto. Ele quer disputar a Presidência.

Posição política: centro-direita.

6

Ronaldo Caiado/União Brasil

Com a derrota de ACM para governador na Bahia, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, reeleito no primeiro turno, passa a ser o político de mais expressão do União Brasil em todo o país.

O governador planeja disputar a Presidência da República em 2026. Para tanto, vai ampliar a rede de proteção social para os pobres, integrando-os de fato ao mercado e à sociedade, e vai apostar no desenvolvimento globalizado de todas as regiões de Goiás. Pode se tornar o grande rival da esquerda, em termos eleitorais, na próxima disputa nacional.

Posição política: Centro-direita.

7

Simone Tebet/MDB

Simone Tebet: fortalecida para 2026 | Foto: Reprodução

A senadora de Mato Grosso do Sul, no segundo turno, praticamente se comportou como “vice” de Lula da Silva. Arrojada, com discurso afiado, trabalhou, de maneira intensa, pela vitória do petista.

O MDB está enraizado em todo o país, mas parece ter perdido força política. Ela poderia ser a candidata, em 2026, apoiada pelo PT. Fora do PT, é praticamente impossível. E, no PT, é difícil. Porque o partido não costuma abrir espaço para cristãos-novos disputarem mandatos majoritários. Porém, dependendo do quadro de 2026, o racionalismo de Lula da Silva deve prevalecer.

Posição política: Centro-esquerda.

8

Tarcísio de Freitas/PL

Tarcísio de Freitas: governador eleito de São Paulo | Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Eleito governador de São Paulo, e derrotando um candidato do PT, Fernando Haddad, se cacifou para a disputa presidencial de 2026. Mas depende do projeto de Jair Bolsonaro. Se o presidente optar pela disputa nacional, Tarcísio de Freitas terá de se contentar com a reeleição.

Freitas é bolsonarista, de direita, mas seu discurso é menos pesado do que o de Bolsonaro. O que falta à direita radical é capacidade de agregar. O jovem engenheiro, de acordo com aliados, é agregador e, tudo indica, mais civilizado que parte da turma bolsonarista.

Posição política: direita.

 

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