Covid- 19: Saiba tudo sobre como vai funcionar o autoteste

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O Sudeste

Na última sexta-feira, 28, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a comercialização de testes de Covid-19 que podem ser feitos por leigos, ou seja, sem ser por profissionais da saúde ou trabalhadores de farmácia. Os chamados autotestes, do tipo antígeno, podem ser utilizados por qualquer cidadão, em si mesmo ou em amigos e familiares.

Este teste já é amplamente usado em outros lugares, como na Europa. A Anvisa orienta que o autoteste de Covid-19 deve ser usado como triagem, para permitir o auto isolamento precoce e, assim, diminuir o fluxo de transmissão do vírus o mais rápido possível, além de evitar o sobrecarregamento dos laboratórios e postos de saúde.

Os autotestes são indicados para aplicação quando uma pessoa apresenta sintomas de Covid-19 ou quando ela teve contato com alguém que está infectado. Nessa situação, o recomendado é realizar o teste entre o 1º e 7° dia, após o aparecimento de algum sintoma. Caso dê positivo, a Anvisa recomenda que o paciente procure um médico para confirmar o resultado e buscar o tratamento necessário.

Apesar de já estarem autorizados pela Anvisa, os testes ainda não podem ser comprados ou encontrados no Brasil. Os fabricantes desse produto terão de entrar com pedido de registro junto à Anvisa e esta informará em seu site uma lista com as marcas permitidas a produzirem o autoteste. Dessa forma, quando o cidadão for comprar o produto, poderá checar se aquele fabricante realmente está licenciado para fazer a venda. Ainda não se sabe o valor desses testes.

Não será permitida, portanto, a venda por outros tipos de estabelecimentos ou a oferta de autotestes na Internet, em plataformas ou sites de empresas ou de qualquer outro tipo que não se enquadrem nas modalidades autorizadas.

Dentre as exigências feita pela Anvisa para os futuros fabricantes do autoteste, estão o requisito de que o conteúdo deve ter instrução para uso, guarda e descarte. Também devem conter, se preciso, ilustrações para exemplificar as formas de aplicação e a interpretação dos resultados (se positivo, negativo ou inconclusivo). Além disso, os fabricantes devem disponibilizar também um canal de atendimento para orientar consumidores e tirar dúvidas.

Mesmo com a futura comercialização desses testes, a Anvisa reitera que eles também podem dar falso negativo. Por isso, caso a pessoa sinta sintomas, mas o resultado diga que não é Covid-19, ela deve tomar os cuidados de usar máscara e, se preciso, repetir o teste dali a alguns dias ou procurar um médico.

Jornal Opção