Conheça os 14 goianos que disputam as paralimpíadas de Tóquio; entre eles, Ruiter Gonçalves, natural de Catalão

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Por O Sudeste

Com a maior delegação das Paralimpíadas de Tóquio-2020, 234 atletas com deficiência competem em 20 das 22 modalidades que fazem parte dos Jogos, em busca de trazer o ouro ao Brasil. Dentre eles, 14 são goianos e representam os mais diversos municípios do estado, sendo que seis, que praticam três esportes distintos, ainda residem na capital e fazem parte do programa Pró-Atleta, que auxilia mais de 600 atletas de alto rendimento em Goiás.

A competição dos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 teve início no dia 24 de agosto e vão até 5 de setembro. Nessa edição, é possível encontrar desde representantes goianos mais experientes, que estão em sua terceira participação em uma Paralimpíada, como as jogadoras de voleibol sentado Ádria Jesus e Jani Freitas, até os “calouros” da competição, como o anapolino Carlos Alberto, do paraciclismo.

Além da relação com Goiás, que pode ser de nascença, criação ou representação do estado, esses atletas possuem em comum as incontáveis horas de treino, a determinação e o amor por suas respectivas modalidades. Jani Freitas, por exemplo, que tem 34 anos e já conquistou bronze nas Paralimpíadas do Rio de Janeiro-2016 e prata nos Jogos Parapan-Americanos de 2011, 2015 e 2016, não consegue encontrar outra palavra para descrever a presença e a relação do voleibol em sua vida, além de ‘tudo’. “Depois que conheci o vôlei, o esporte paralímpico em si, eu vi que não era só eu no mundo, me senti acolhida”, afirma.

Natural de Catalão e nadador, Ruiter Gonçalves irá competir pela segunda vez nas Paralimpíadas e fala sobre todas as conquistas até hoje obtidas através do esporte. “Hoje eu vivo a piscina. A natação me deu minha esposa, porque eu a conheci em uma das palestras que eu dou sobre o reflexo de como eu vivo, minhas filhas, me proporciona bens materiais, conhecimento. A natação hoje é minha vida. O Ruiter sem a natação não existe. Todos me conhecem pelo que eu faço, e esse é o brilho da coisa”, relata o atleta.

No paradesporto, as histórias de cada um dos atletas com os esportes são únicas. Há aqueles que, como Ruiter, que nasceu com uma má formação congênita não diagnosticada precocemente e fez com que ele não tivesse a mão e o pulso esquerdo, e existem os que entraram em contato com o esporte na adolescência ou até depois de adultos, como Ádria Jesus. Isso, porque a jogadora de voleibol sentado sofreu um acidente automobilístico aos 21 anos, em 1999, e só a partir disso foi convidada para integrar o time – mesmo tendo tido que aprender o esporte do zero.

No entanto, as dificuldades, apesar de em maior ou menor grau, tem semelhanças, passando desde a questão financeira, até a quantidade de treinos semanal. Isso, porque segundo Ádria, o patrocínio aos paratletas não é algo tão fácil de se conseguir. “O que conseguimos são produtos, coisas de academia, por exemplo, que conseguimos pelo retorno que damos com os treinos e resultados, mas não ganhamos dinheiro através de patrocínio. Isso é mais difícil”, afirma.

Apesar de hoje o nadador Ruiter, que atualmente mora em São Paulo, contar com o apoio de diversas instituições, ele relembra que, especialmente no início de sua carreira, a questão financeira pesou. “Acho que no início, como em toda carreira,, a parte financeira é difícil. Isso, porque como atleta, você precisa garantir um bom resultado para poder entrar em programas de incentivo ao esporte. Acho que meu maior patrocinador até hoje foi meu pai, porque ele bancou tudo sozinho no início”, relatou.

O que pesa, no entanto, pelo fato de os patrocínios e os incentivos, de forma geral, não serem tão amplos, segundo os competidores, é a necessidade de ter que conciliar a vida de atleta com um trabalho extra. Jani Freitas, por exemplo, apesar de ser bolsista do Pró-Atleta, é fisioterapeuta e trabalha em uma clínica de pilates para conseguir se manter, com o dinheiro.

“Ano passado, devido a pandemia da Covid-19, a bolsa atleta do governo federal não foi paga, ficamos o ano praticamente todo sem receber, então passamos um pouco de perrengue. Eu sou fisioterapeuta, então eu também atendia alguns pacientes. No entanto, eu trabalhava em uma instituição e ela fechou, então eu fiquei desempregada e sem receber bolsa. Foi bem difícil. Esse ano está mais regulado, mas não dá pra viver só como atleta”, explica Jani Freitas.

Ádria Jesus, também jogadora de voleibol sentado, concorda. “A maioria tem que trabalhar e ter um emprego porque às vezes as bolsas atrasam. Esse ano está sendo pago direitinho, mas sempre foi mais difícil. O atleta paralímpico não é tão visto quanto o olímpico”, afirma.

Essa dificuldade em conciliar o trabalho externo com a vida de atleta se dá pelas grandes exigências que a rotina diária para a formação de um competidor de alto rendimento exige. Além de fisioterapia e academia, para o fortalecimento dos músculos, Jani e Ádria treinam em quadra quatro vezes por semana. Já Ruiter, marca presença na piscina seis vezes por semana. Além dos treinos, tratamento psicológico e acompanhamento nutricional para que a alimentação se mantenha regrada se fazem cruciais para o alcance dos resultados.

Incentivo ao paradesporto em Goiás

Centro de Excelência do Esporte, em Goiânia | Foto: Reprodução

 

Com a intenção de fazer com que o sonho de atletas esteja mais perto de se tornar realidade, programas de incentivo ao esporte tentam fazer com que a parte financeira seja um obstáculo a menos a ser enfrentado na corrida em prol da liderança de um pódio.

De acordo com a Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel), os investimentos em paradesporto desde 2019 somam uma quantia de R$ 1,5 milhão, que foram distribuídos nas bolsas do Pró-Atleta, em instalação de núcleos no interior do estado, em material esportivo para as instituições financeiras e material para os atletas das paralimpíadas escolares.

Dos 14 atletas goianos que competem nas paralimpíadas de Tóquio-2020, seis possuem bolsa Pró-Atleta. São eles: Ádria Jesus, Jani Freitas, Nurya Almeida e Pâmela Pereira, do Vôlei sentado, Hélcio Luiz Jaime, do Tiro com arco, e Millena França, do Tênis de mesa. Além desses setores, segundo a Seel, existem demais licitações que estão em andamento e não estão computadas neste valor de R$1,5 milhões, como material esportivo geral, instalação nos núcleos de equoterapia, dentre outros. “O alto rendimento é muito bem atendido dentro da secretaria, para poder alcançar o ápice de suas performances”, pontua o gerente de paradesporto da Seel, Luiz Henrique.

Quando se trata do fomento ao paradesporto, que, segundo a atleta do voleibol sentado, Jani Freitas, deve ser cada vez mais incentivado dada a pouca quantidade de “mão de obra humana” nos esportes”, são mantidas turmas de iniciação paradesportiva pela Seel, no Centro de Excelência do Esporte, em Goiânia. No momento, são disponibilizadas aulas em quatro modalidades, sendo elas natação, atletismo, badminton e tênis de mesa, que atendem cerca de 200 crianças. Além disso, ainda são apoiados os paratletas estudantis, sobretudo na participação das Paralimpíadas Escolares, que são realizadas anualmente.

Atualmente, de acordo com a secretaria, são mantidos vínculos com diversos projetos que tem como objetivo de atender a demanda de outros municípios, já que os esportes oferecidos em cada um deles precisam respeitar o interesse da população e as estruturas disponíveis para sua instalação. “Temos vários outros projetos que vão de encontro a diversos municípios. Para isso, temos algumas parcerias que ajudam a fomentar essa iniciação esportiva, como o Comitê Paralímpico Brasileiro”, pontua.

Com as parcerias, de acordo com a Seel, cada programa atende a um determinado número de municípios, estando, ao todo, praticamente 100 municípios abarcados nesses projetos. Entre os oito projetos, estão o Goiás Social (atende 23 municípios), Goiás de Resultados (mais de 50 municípios), Implementação de Núcleos e a Implementação de Núcleos de Equoterapia e de Badminton.

 

Atletas goianos em Tóquio-2020

Saiba um pouco da história de cada um dos atletas que tem em comum sua relação com o estado de Goiás.

 

Ádria Jesus, do Vôlei sentado

Atleta do Voleibol Sentado, de 38 anos, Ádria Jesus | Foto: Reprodução

 

Aos 38 anos de idade, Ádria Jesus vai para a sua terceira disputa de Paralimpíadas. Presente na seleção brasileira de vôlei sentado desde 2006, a central conquistou a medalha de bronze nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Ela também tem três participações em Jogos Parapan-Americanos de 2011, 2015 e 2019, onde obteve três medalhas de prata. Durante a edição de Lima, no Peru, em 2019, foi escolhida melhor bloqueadora da competição. Jogadora da Associação dos Deficientes de Aparecida de Goiânia (Adap), ela é bolsista do Pró-Atleta, programa de fomento ao esporte de alto rendimento do Governo de Goiás, e realizou boa parte do ciclo paralímpico treinando no Centro de Excelência do Esporte.

 

Andrey Muniz, do Tiro com arco

Atleta do Tiro ao Arco, de 45 anos, Andrey Muniz | Foto: Reprodução

 

Nascido no Paraná, mas radicado em Goiás, onde vive há 25 anos, Andrey Muniz vai para a sua segunda disputa de Paralimpíadas, aos 45 anos. Ficou entre os oito melhores nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, pela categoria Compound men. Também conquistou o Campeonato Brasileiro 10 vezes, e alcançou a vaga paralímpica ao ganhar recentemente a medalha de prata no Campeonato Parapan-Americano do México, em Monterrey, no último mês de março.

 

Carlos Alberto, do Paraciclismo

Atleta do Paraciclismo, de 26 anos, Carlos Alberto | Foto: Reprodução

 

Aos 26 anos de idade, o anapolino participa da sua primeira edição de Paralimpíadas. Sua trajetória no esporte teve início aos seus 17 anos, quando começou a acompanhar seus amigos no Moutain bike por lazer. Até os seus 19 anos participou de competições amadoras e conseguiu alcançar pódios na categoria turismo. Em 2017, começou a competir em provas paralímpicas, na classe C1, categoria que pertence até hoje. Porém ingressou na equipe da seleção brasileira somente em 2018 no campeonato mundial do Rio de Janeiro. Carlos foi campeão brasileiro nas categorias Estrada e Contra-relógio, em 2017, 2018 e 2019. Em 2015 ficou em 5º lugar nos Jogos Parapan-Americanos de Lima. Na Copa do Mundo de Paraciclismo de Estrada, em 2019, alcançou a 3ª colocação nas etapas da Bélgica e Itália. Recebeu a convocação para a seleção brasileira em junho.

 

Ercileide Laurinda, da Bocha Olímpica

Atleta da Bocha Olímpica, de 45 anos, Ercileide Laurinda | Foto: Reprodução

 

A atleta natural de Anápolis, aos seus 45 anos, participa pela primeira vez das Paralimpíadas, competindo na categoria BC4. Iniciou na modalidade em 2003, no mesmo ano já participou do seu primeiro campeonato, realizado em Petrópolis, no Rio de Janeiro, e subiu na segunda posição do pódio. A atleta ingressou na seleção brasileira em 2009, mesmo ano em que participou do seu primeiro campeonato internacional, na Copa América, em Montreal, e conquistou o ouro nos pares e bronze no individual. Em 2011, ficou em 5º lugar nos jogos Parapan-Americanos em Guadalajara. Já na edição sediada em Lima, em 2019, foi prata nas duplas. Conquistou a vaga paralímpica ao receber a medalha de ouro na Copa América, em São Paulo.

 

Hélcio Luiz Jaime, do Tiro com arco

Atleta do Tiro ao Arco, de 52 anos, Hélcio Luiz Jaime | Foto: Reprodução

 

Aos 52 anos de idade, Hélcio Luiz Jaime vai participar das Paralimpíadas pela primeira vez. Começou sua trajetória no tiro esportivo, sendo tricampeão brasileiro e bronze no Campeonato Mundial da Austrália, em 2015. No ano seguinte migrou para o tiro com arco. Na nova modalidade, já se sagrou campeão estadual e brasileiro, além de ter conquistado duas medalhas de bronze nos Torneios de Ranking Mundial de 2018 e 2019, nos Emirados Árabes e Estados Unidos, respectivamente, e duas pratas nos Parapan-Americanos de 2018 e 2021, na Colômbia e no México. Detém o recorde nacional de pontuação na categoria W1, com 563 pontos. O arqueiro é bolsista do Pró-Atleta, programa de fomento ao esporte de alto rendimento do Governo de Goiás.

 

Jane Karla, do Tiro com arco

Atleta do Tiro ao Arco, de 46 anos, Jane Karla | Foto: Reprodução

 

A goianiense de 46 anos de idade vai para a sua quarta participação nos Jogos Paralímpicos. Sua trajetória no paradesporto começou aos 28 anos, com o tênis de mesa, na categoria C8, que a levou para as duas primeira Paraklimpíadas, em Pequim-2008 e Londres-2012. Também é dez vezes campeã brasileira e bicampeã parapan-americana de tênis de mesa no Rio de Janeiro, em 2007, e Guadalajara, em 2011. Em 2015, Jane trocou a raquete pelo arco, na categoria ARW2 e no mesmo ano alcançou a medalha de ouro no Parapan-Americano de Toronto. No ano seguinte chegou às quartas de final nas Paralimpíadas realizada no Rio de Janeiro (2016). Em 2018 ela conquistou o topo do ranking mundial do tiro com arco paraolímpico e bateu diversos recordes em 2019, garantindo a vaga paralímpica ao ficar na 6ª posição no Mundial realizado na Holanda.

 

Jani Freitas – Vôlei sentado

Atleta do Voleibol Sentado, de 34 anos, Jani Freitas | Foto: Reprodução

 

Aos 34 anos de idade, Jani Freitas vai para a sua terceira disputa de Paralimpíadas. A jogadora conquistou a medalha de bronze nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Também tem três participações em Jogos Parapan-Americanos de 2011, 2015 e 2019, sendo medalhista de prata em todas elas. Jogadora da Associação dos Deficientes de Aparecida de Goiânia (Adap), ela é bolsista do Pró-Atleta, programa de fomento ao esporte de alto rendimento do Governo de Goiás, e realizou boa parte do ciclo paralímpico treinando no Centro de Excelência do Esporte.

 

Lethicia Lacerda, do Tênis de mesa

Atleta do Tênis de Mesa, de 18 anos, Lethicia Lacerda | Foto: Reprodução

 

Aos 18 anos de idade a goianiense conquistou vaga para as Paralimpíadas pela primeira vez. A sua trajetória no tênis de mesa paralímpico começou aos 14 anos quando conquistou os Jogos Parapan-Americano de Jovens, realizado em 2017, em São Paulo. Em 2019, a mesatenista conquistou a medalha de bronze nos Jogos Parapan-Americanos de Lima. E em 2020, foi classificada como a melhor atleta das Américas na classe F8 do esporte aos 17 anos de idade. A convocação para as Paralimpíadas de Tóquio veio em junho de 2020.

 

Millena França, do Tênis de mesa

Atleta do Tênis de Mesa, de 25 anos, Millena França | Foto: Reprodução

 

Aos 25 anos, participa das Paralimpíadas pela primeira vez. Começou sua trajetória esportiva no tênis em cadeira de rodas, aos 13 anos, mas migrou para o tênis de mesa em 2014. Heptacampeã brasileira na categoria F7, a mesatenista é bolsista do Pró-Atleta, programa de fomento ao esporte de alto rendimento do Governo de Goiás. Millena conseguiu resultados expressivos no último ciclo paralímpico, que incluíram títulos em Campeonatos Brasileiros e Jogos Paralímpicos Universitários, além da participação dos Jogos Parapan-Americanos de Lima, em 2019, em que terminou na 5ª posição. Recebeu a convocação para a seleção brasileira em junho.

 

Nurya Almeida, do Vôlei sentado

Atleta do Voleibol Sentado, de 30 anos, Nurya Almeida | Foto: Reprodução

 

Aos 30 anos de idade, Nurya Almeida vai para a sua segunda disputa de Paralimpíadas. A jogadora conquistou a medalha de bronze nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Também ganhou duas medalhas de prata nos Jogos Parapan-Americanos de 2015 e 2019. Jogadora da Associação dos Deficientes de Aparecida de Goiânia (Adap), ela é bolsista do Pró-Atleta, programa de fomento ao esporte de alto rendimento do Governo de Goiás, e realizou boa parte do ciclo paralímpico treinando no Centro de Excelência do Esporte.

 

Pâmela Pereira, do Vôlei sentado

Atleta do Voleibol Sentado, de 33 anos, Pâmela Parreira | Foto: Reprodução

 

Aos 33 anos de idade, Pâmela Pereira vai para a sua segunda disputa de Paralimpíadas. A jogadora conquistou a medalha de bronze nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Também ganhou a medalha de prata nos Jogos Parapan-Americanos de Lima, no Peru, em 2019. Jogadora da Associação dos Deficientes de Aparecida de Goiânia (Adap), ela é bolsista do Pró-Atleta, programa de fomento ao esporte de alto rendimento do Governo de Goiás, e realizou boa parte do ciclo paralímpico treinando no Centro de Excelência do Esporte.

 

Rodrigo Parreira, do Atletismo

Atleta do Atletismo, de 26 anos, Rodrigo Parreira | Foto: Reprodução

 

Aos 26 anos, o atleta nascido em Rio Verde embarca para a sua segunda Paralimpíadas. A primeira participação foi nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro (2016), na qual conquistou dois pódios, sendo a medalha de prata em Salto a distância e bronze nos 100m, ambas na classe T36. Em 2017, conquistou espaço no Mundial Paralímpico de Londres, com a prata no Salto a distância e mais duas medalhas de bronze nos 200m e 100m. Já em 2019, participou dos Jogos Parapan-Americanos, em Lima, subindo no pódio mais duas vezes, com o ouro no salto a distância e prata nos 100m. No mesmo ano conquistou a medalha de prata no Mundial de Atletismo Paralímpico, em Dubai, o que o classificou para os jogos paralímpicos de Tóquio.

Ruiter Gonçalves, da Natação

Atleta da Natação, de 28 anos, Ruiter Gonçalves | Foto: Reprodução

 

Aos 28 anos de idade, o atleta natural de Catalão compete nas classes S9/ SB9 e SM9 de natação e estará pela segunda vez em uma paralimpíada. Sua primeira participação foi nos Jogos de 2016, no Rio de Janeiro, na qual rendeu a medalha de prata para a equipe do revezamento 4x100m. A sua trajetória profissional iniciou em 2009, quando participou da sua primeira competição paralímpica e faturou a medalha de bronze nos 100m peito.  Além de ser dono dos recordes das Américas no 4x100m livre, 100m livre e recordista brasileiro no 50m livre, ele coleciona 5 medalhas, sendo três ouros, uma prata e um bronze, nos jogos Parapan-Americanos em Toronto de 2015, além de seis pódios na edição realizada em 2019, em Lima, sendo eles três ouros e três pratas. Dos quatro mundiais que participou, conquistou pódio em três delas, totalizando três pratas e um ouro. A convocação oficial saiu em julho deste ano.

Vanilton Filho, da Natação

Atleta da Natação, de 28 anos, Vanilton Filho | Foto: Reprodução

 

Atleta da categoria S9, SB8 e SM9, o goianiense de 28 anos conquistou vaga para a sua segunda participação nos jogos paralímpicos, na edição realizada em 2016 (Rio de Janeiro), quando ficou na 9ª colocação. Seu primeiro contato com o esporte aconteceu aos 12 anos de idade, como parte do seu tratamento. No entanto, Vanilton só começou a competir profissionalmente em 2009, aos 17. Dois anos após sua estreia ele participou dos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara, em 2011, onde conquistou cinco medalhas. Já na edição realizada em Toronto-2015, faturou outras quatro medalhas e mais seis pódios nos jogos Parapan-Americanos de Lima, em 2019.

 

Primeira semana de Jogos Tóquio-2020

Grande esperança de medalha, a seleção feminina de vôlei sentado deu rumo à semifinal quando derrotou o Japão por 3 a 0 na manhã deste domingo. Essa foi a segunda vitória do time na competição. Na partida contra as japonesas, as goianas Pamela e Ádria foram destaques de pontuação, com 10 e 9, respectivamente.

Apesar de já somar um total de 30 medalhas, alguns brasileiros já foram eliminados das competições. Logo no segundo dia de competição, o paraciclista Carlos Alberto Soares ficou em 10° na disputa de Perseguição Individual da classe C1.

A goiana Lethícia Rodrigues, do tênis de mesa individual, que perdeu para a chinesa Wenjuan Huang, por três a um, na última quinta-feira, 26. Millena França também acabou derrotada na competição individual ao ter perdido de 3 a 0 para a sul-coreana Seongk Kim. O foco atual de Millena e Lethícia é na competição por equipes, que terá início na próxima terça-feira, 31.

Já nas oitavas de final do tiro com arco desse domingo, 29, Jane Karla também é eliminada do torneio, ao perder por 146 a 140 para a italiana Eleonora Sarti. Na natação, apesar de Ruiter Silva e Vanilton filho terem ficado para trás, em 16º e 18º, na classe S9 dos 50m livre, estão escalados para a disputa do revezamento 4x100m livre.

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