Por O Sudeste
O governador do Estado, Ronaldo Caiado (DEM) esteve, na manhã desta segunda-feira, 29, na Academia de Polícia Militar, no Setor Universitário, onde pôde acompanhar a primeira etapa de vacinação dos profissionais da segurança pública de Goiás.
“Nossas forças de segurança foram duramente penalizadas com um percentual de contaminação e número de óbitos alto. Foram 47 policiais que tiveram suas vidas ceifadas.”, rememorou ao discursar em entrevista coletiva.
E completou: “Como governador e médico que sou, esse é um dia extremamente importante para mim. Tive a honra de vacinar um representante de cada uma das forças de segurança de nosso Estado”.
Em seguida Caiado lembrou que Goiás não se manteve restrito apenas à Polícia Militar, mas que estendeu a vacinação também a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal (PC), Guarda Civil Metropolitana (CBMGO), Corpo de Bombeiros Militar (CBMGO) e outras.
“A partir de agora, a cada novo lote que chegar a esse Estado teremos uma parte separada para os nossos agentes da segurança pública”, garantiu, por fim, o governador.
Reação
Em paralelo, o Ministério Público de Goiás (MPGO) interpôs agravo de instrumento reforçando o pedido de que sejam vacinados, neste momento, apenas policiais que estejam em atividades operacionais, ou seja, em contato com a população.
Na ação, o MPGO critica a vacinação em agentes que estão em atividades administrativas. Considera, inclusive, um “grave e inadmissível violação às diretrizes que norteiam o PNI [Plano Nacional de Imunização] e, notadamente, irremediável prejuízo ao grupo dos idosos e ao grupo das pessoas portadoras de comorbidades”, pontua.
Em outro trecho, o MPGO argumenta que da forma como se decidiu, todo e qualquer profissional, independemente de sua lotação, terá acesso ao imunizante. Serão vacinados aqueles que desempenham atividades administrativas tanto os que atuam em vigilâncias de prédios públicos, por exemplo.
“É sabido que inúmeros profissionais dessas categorias não
realizam atividades com o público, mas, ainda assim, serão vacinados. Essa decisão de incluir na vacinação todos os profissionais,
independentemente da existência de maior potencial de risco, é extremamente violadora dos direitos das pessoas que compõem os grupos prioritários”, argumenta o MPGO.
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