5 partidos planejam lançar candidato a governador de Goiás em 2022

DEM, MDB, PSD, PSDB e PT pretendem bancar postulantes para o governo. PSL postula uma vaga para Delegado Waldir no Senado, mas pode mudar de projeto.

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Por O Sudeste

Cinco partidos planejam lançar candidatos a governador em 2022: Democratas (Ronaldo Caiado), MDB (Daniel Vilela ou Gustavo Mendanha), PSDB (ainda não definido; fala-se em Marconi Perillo, Otavinho Lage ou uma mulher), PSD (não definido, mas pode ser Vilmar Rocha) e PT (Rubens Otoni).

O governador Ronaldo Caiado já disse que pretende disputar a reeleição (ao contrário do que especulam, não está colocando seu nome para a disputa da Presidência da República). No momento, é o postulante imbatível. Ele e o governo estão bem avaliados. A um ano e oito meses das eleições, aqui e ali, já se começa a ver algumas pesquisas, e em todas ele aparece na liderança, bem adiante de outros nomes, Daniel Vilela, Gustavo Mendanha, Marconi Perillo, Rubens Otoni , Vanderlan Cardoso (que, embora citado, não será candidato) e outros. Numa das pesquisas, o senador Jorge Kajuru (Cidadania) aparece bem, mas disse ao Jornal Opção que não será candidato e que apoiará a reeleição de Ronaldo Caiado.

O presidente do PSD, ex-deputado federal Vilmar Rocha, disse ao Jornal Opção que o partido que dirige pretende lançar candidato a governador. “Nosso candidato a governador era o senador Vanderlan Cardoso. Entretanto, como disputou a Prefeitura de Goiânia e, por isso, não pretende disputar o governo do Estado [ele foi bancado pelo governador Ronaldo Caiado, daí tendo assumido o compromisso de apoiar sua reeleição em 2022], estamos pensando em outro nome. Pode ser um empresário ou um político. O partido pode bancar uma mulher, por exemplo.” Vilmar Rocha não fala sobre o assunto, mas uma espécie de sonho de consumo político é atrair o empresário Otavinho Lage, do PSDB, para o PSD e bancá-lo para governador.

No momento, quando inquirido a respeito de disputa em 2022, Otavinho Lage reage de modo peremptório, sustentando que não será candidato, pois tem de cuidar de suas empresas (uma delas está abrindo seu capital na bolsa). Sugere, inclusive, que deve apoiar Daniel Vilela, do MDB, para governador. Ressalve-se que é amigo, de longos anos, de Vilmar Rocha. Este, por sinal, se não for candidato a senador, em alguma chapa, pode ser inclusive candidato a governador — até para fortalecer os candidatos a deputado federal e estadual do PSD. Comenta-se, nos bastidores, que o PSD vai participar de uma frente política com o MDB de Daniel Vilela e com o PSDB de Marconi Perillo. Mas, ao Jornal Opção, Vilmar Rocha disse que não há nenhuma conversação a respeito. Sublinha, porém, que está chegando a hora de conversar com todo mundo, para saber quais são os projetos de cada partido e suas lideranças.

O PSDB inicialmente propalava que poderia lançar Jânio Darrot para governador, ex-prefeito de Trindade, mas a tendência é que o líder político se afaste, em breve, do partido (Jardel Sebba afirma que a cúpula vai lutar para mantê-lo). Marconi Perillo, que tem o nome citado com frequência por aliados, deve ser candidato a deputado federal, porque sua rejeição, para cargos majoritários, persiste alta. Muito alta. Uma das apostas é Otavinho Lage ou então Paulinho Rezende, ex-prefeito de Hidrolândia, ou Raquel Teixeira. O problema é que Otavinho Lage tem dito que não planeja disputar cargo político em 2022. Mas, de fato, é o principal objeto de desejo político do tucanato.

O PT sempre lança candidato a governador e em 2022 não será diferente. Seu projeto local tem a ver também com o nacional. Se o MDB seguir o PT nacionalmente, abriria espaço para uma composição em Goiás entre os dois partidos (há quem aposte numa chapa com Daniel Vilela para governador, com Adriana Accorsi na vice e Vilmar Rocha ou Delegado Waldir Soares para senador; o problema, no caso de Delegado Waldir, é combinar uma chapa com esquerda e direita, o que parece impossível). No momento, a tendência é que o PT lance Kátia Maria ou Rubens Otoni para governador. Se for Rubens Otoni o postulante ao governo, Kátia Maria irá a deputada federal.

A incógnita é o PSL. O partido pretende lançar o deputado federal Delegado Waldir Soares para o Senado, possivelmente numa composição com o MDB de Daniel Vilela. Entretanto, se for deixado de lado, pode disputar o governo, mas não é sua prioridade.

Quadro de alianças possíveis

Quanto às alianças, é tido como certo que o Democratas de Ronaldo Caiado vai contar com o apoio do PP (que pode lançar o candidato a senador, Alexandre Baldy, ou o vice, o prefeito de Anápolis, Roberto Naves), do Republicanos de João Campos e Rogério Cruz, do Solidariedade de Lucas Vergílio, do Podemos de José Nelto e Adib Elias e do PTB de Lineu Olímpio, entre outros partidos menores. Sua aliança será, possivelmente, a mais encorpada.

O MDB, se lançar candidato, vai tentar conquistar o apoio do PSL e do PSD. Pode tentar atrair o PT, mas, se lançar Delegado Waldir Soares para senador, tende a afastar os petistas (porque o deputado, de direita, é um dos principais combatentes do petismo).

O PSD pode compor com o PSDB e até com o MDB, dependendo da formatação da chapa majoritária. O projeto número um do PSDB nem é ter um candidato a governador, mas bancar um postulante, de qualquer partido, que tenha chance de competir, de igual para igual, com o governador Ronaldo Caiado. Seu projeto é participar de um frentão com PSDB e PSD e outros partidos contra o candidato do Democratas.

Jornal Opção