Apesar do endividamento em alta, expectativa do goianiense é de mais consumo

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O cartão de crédito e os carnês seguem como vilões para o goianiense quando o assunto é endividamento. É o que mostra pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, divulgada nesta segunda-feira (17/9) pela Federação do Comércio de Goiás (Fecomércio-GO). No entanto, apesar de parte da renda já comprometida, a expectativa é de mais consumo.
Segundo o levantamento, o cartão de crédito é o responsável por 77,9% das dívidas contraídas pelos goianieses ouvidos, seguido dos carnês (17,5%) e do cheque especial (11,1%).
A situação se torna ainda mais preocupante quando 52,8% dos endividados não terão condições de pagar as contas em atraso no próximo mês.

Dentre as famílias com contas em atraso, cerca de 57% alegam que vão precisar de um prazo superior a 90 dias para colocar as contas em dia.

Intenções de consumo
Apesar do endividamento ainda em alta, a expectativa é que o goianiense continue consumindo. Segundo pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias, também divulgada nesta segunda pela Fecomércio-GO, a pespectiva é de aumento de consumo nos próximos meses, considerando o mesmo período do ano passado.

“Porém, será um consumo com cautela. As famílias vão consumir, mas estarão atentas e com o pé no freio”, analisa o consultor financeiro da Fecomércio-GO, Flávio Guerra.

O otimismo, mesmo que cauteloso, está diretamente ligado à situação do emprego. Mais de 40% dos entrevistados se sentem mais seguros em relação ao emprego atual. Além disso, 56,2% das pessaos ouvidas dizem esperar alguma melhora no campo profissional nos próximos meses.
Consumo
E é exatamente essa expectativa de consumo que anima o comércio. Levantamento que mostra o Índice de Confiança do Empresário do Comércio revela que 43,1% das pessoas ouvidas esperam que a economia do País “melhore muito” nos próximos meses. Os que acreditam que a economia deve “melhorar um pouco” somam 37,1%, enquanto 15% esperam que “piorem um pouco”.
Quase 45% dos empresários ouvidos também apostam que o comércio na capital vai “melhor muito” nos próximos meses. Apenas 3,1% acreditam em uma intensa piora no mercado.

O que preocupa o empresário do comércio é o rumo que o País vai levar em relação ao resultado do período eleitoral. “Eleição é um grande ponto de interrogação que nós temos. Já começamos a observar preço de dólar, por exemplo. Então, se eu já tinha um problema técnico em economia, ainda tem esse agravante em relação à dúvida que vem junto com as eleições”, observa o consultor financeiro da Fecomércio-GO, Flávio Guerra.