Um forte terremoto de 7,1 graus na escala Richter foi registrado nesta terça-feira, 19, na Cidade do México apenas 12 dias depois de um tremor de 8,2 graus atingir a costa sul do México.
O fenômeno sacudiu edifícios e causou pânico, levando as pessoas a correr para as ruas. O tremor ocorreu no mesmo dia em que se completa 32 anos do terremoto de 8,1 graus que deixou ao menos 10 mil mortos na capital mexicana. No momento do tremor, várias pessoas participavam justamente de um treinamento para lidar com sismos.
O prefeito da Cidade do México, Miguel Ángel Mancera, disse que ao menos 20 edifícios foram danificados pelo tremor, mas ainda não havia informações sobre mortos. Segundo informações preliminares, os edifícios afetados ficam nos bairros Condesa, Del Valle, Navarte, Centro, Coyacán e Xochimilco.
O abalo causou cortes no fornecimento de energia, vazamento de gás, interrupção no serviço de telefonia e a suspensão do funcionamento do metrô.
No sul da capital, em Coyacán, a Igreja de São João Batista sofreu danos em muma de suas torres e a paróquia de São Bernardino, em Xochimilco, desabou. Nesse bairro, um vídeo nas redes sociais mostrava o forte movimento das águas dos canais. Uma forte onda foi de um lado a outro, revolvendo as tradicionais águas onde moradores e turistas passeiam em barcos enfeitados ao som de mariachis.
Em todas as zonas afetadas pelo tremor houve danos nos edifícios. As sacadas de alguns se desprenderam com o intenso movimento movimento telúrico. As aulas foram suspensas, assim como a sessão da Bolsa de Valores, para garantir a segurança. O serviço de emergência informou que o Aeroporto Internacional Benito Juárez suspendeu as operações após o abalo.
O Centro Geológico dos EUA (USGS, na sigla em inglês) estimou a magnitude do tremor em 7,1, enquanto o Instituto Sismológico do México o calculou em 6,8, e informou que o epicentro foi registrado 7 km a oeste de Chiautla de Tapia, no Estado de Puebla.
Luis Felipe Puente, coordenador nacional de Proteção Civil da Secretaria de Governo, escreveu em sua conta no Twitter: “No momento, não há relatos de danos. Os protocolos de atenção e resposta estão ativados”. Pouco depois, o Departamento de Proteção Civil mexicano informou que vários incêndios foram reportados em diversos prédios da Cidade do México após o tremor e algumas pessoas ainda estariam presas nas construções.
“Estou consternada, não consigo conter o choro, é o mesmo pesadelo de 1985”, disse Georgina Sánchez, de 52 anos, que chorava em uma praça. No dia 19 de setembro de 1985, um terremoto matou mais de 10 mil pessoas na Cidade do México.
Este tremor foi sentido com mais força que o do dia 7 de setembro, o mais poderoso desde 1932 no México, que deixou 98 mortos no sul do país – 78 em Oaxaca, 16 em Chiapas e 4 em Tabasco.(Agência Estado com informações de: EFE, REUTERS, AFP e AP)