O empresário Joesley Batista, um dos do donos do grupo J&F, e o executivo da empresa Ricardo Saud chegaram a Brasília no início da tarde de segunda-feira (11) em um avião da Polícia Federal. Eles foram presos no último domingo (10) em São Paulo. A defesa dos executivos chegou a cogitar a dispensa do exame de corpo de delito e, para isso, assinaria declarações dizendo que eles estão em perfeita saúde, mas desistiu da ideia. Do IML, eles retornaram à Superintendência da PF.
Segundo informações de agentes, Joesley diz que vai tirar a própria vida se continuar preso, ele diz não ter mentido nem omitido informações no processo que levou ao acordo de colaboração premiada e que estão cumprindo o acordo. “Nós contou tudo, é sacanagem o que estão fazendo comigo…Nós vai se matar…Nós vai se matar”
Nesta semana, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, revisou os acordos de delação premiada dos executivos e os revogou, com base na gravação de uma conversa na qual Joesley e Saud dão a entender que omitiram informações nos depoimentos à Procuradoria-Geral da República (PGR).
Nos diálogos, há trechos em que os executivos falam sobre Marcelo Miller, ex-procurador da República, que supostamente estava orientando os dirigentes da J&F a elaborar os termos de delação premiada, quando ainda fazia parte do MPF.
