Maguito Vilela pode ser candidato a governador em 2018

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Lançar Daniel Vilela é uma tática diversionista do vilelismo? Talvez. Se o deputado não emplacar, o reserva de luxo pode entrar no jogo

Na semana passada, repórteres  conversaram com seis políticos do PMDB — um deles uma das raposas políticas mais ligadas ao prefeito de Goiânia, Iris Rezende — e um tucano experimentado de Anápo­lis, que, durante anos, foi peemedebista (santillista). A todos foi feita uma única pergunta: “É crível que o deputado federal Daniel Vilela está ‘segurando’ a vaga para seu pai, Maguito Vilela, disputar o governo do Estado de Goiás em 2018?” As respostas foram muito parecidas e serão expostas a seguir, sem menção das fontes.

Há uma aposta de que Daniel Vilela trabalha mesmo para ser candidato a governador. Entre­tanto se não emplacar, até por uma certa resistência das figuras coroadas do partido — como Iris Rezende, prefeito de Goiânia, e Adib Elias, prefeito de Catalão —, o vilelismo pode mudar os rumos das articulações e bancar Maguito Vilela para a disputa. Há pelo menos três argumentos básicos.

Primeiro, Maguito Vilela foi governador de Goiás, senador, vice-presidente do Banco do Brasil e prefeito de Aparecida de Goiânia. Portanto, experiência administrativa não lhe falta. Avalia-se que, na disputa de 2018, ação gestora bem avaliada será decisiva contra o desgaste político — que, sendo generalizado, contamina todos os políticos, não só um ou dois.

Segundo, Maguito Vilela é visto como agregador. Até pela idade, pouco mais de 30 anos, Daniel Vilela tem dificuldade de dialogar com Iris Rezende, de quase 84 anos, e Adib Elias, de quase 70 anos. Trata-se de uma conflito geracional. Maguito Vilela, por natureza diplomático e avesso ao contencioso, convive bem com todas as facções do PMDB, inclusive com Iris Rezende, de quem, a rigor, nunca se distanciou. Acredita-se que, como candidato, pode agregar todas as forças peemedebistas.

Terceiro, considera-se que, dada sua história, Maguito Vilela, ao contrário de Daniel Vilela, não teria a resistência do senador Ronaldo Caiado (DEM). Coincidentemente, os dois têm a mesma idade, ambos nasceram em 1949, e mantêm uma relação de extrema cordialidade, apesar dos arranca-tocos recentes. Mesmo quando crítico, Maguito Vilela não é agressivo e isto sempre deixa uma porta aberta e mãos estendidas. Se candidato, Caiado não terá como dizer-lhe “não”.

Apresentadas as teses das fontes, quem conversa com Maguito Vilela não ouve outra coisa: aposta na candidatura do filho e jamais o atropelaria. Entretanto, se o deputado for atropelado pelos eleitores, por intermédio de pesquisas, o ex-prefeito de Aparecida deve colocar seu nome na rua, à espera da apreciação dos eleitores. Por sua vez, nas andanças pelo Estado, Daniel Vilela tem dito, com firmeza, que será candidato a governador. “De qualquer maneira” — costuma pontuar. Mas todo político é, acima de tudo, um realista. “Manter Maguito Vilela na ‘reserva’ é como manter Messi, o craque do Barcelona, no banco durante os jogos”, afirma um ex-senador