O tucano cobra que os parlamentares sejam parceiros de verdade do governo e não apenas em defesa de seus interesses políticos
O governador Marconi Perillo, com o amadurecimento político e pessoal, se tornou um político mais flexível. Por isso, não raro compreende certas “infidelidades” de aliados e dificilmente rompe com eles devido aos “descuidos”.
Porém, como gestor, dada sua responsabilidade, às vezes é duro com aqueles que, sendo leal e companheiro, avalia que precisa cobrar lealdade. E lealdade, no caso, não é apenas a ele, mas também às contas do governo. Porque, se Goiás está em situação financeira melhor do que a maioria dos Estados, com investimentos — outras unidades da federação não dão conta mais nem de pagar os salários do funcionalismo público —, é porque, responsável, fez um ajuste fiscal rigoroso.
Na semana passada, na reunião que manteve com os deputados da base aliada, Marconi Perillo explanou rapidamente sobre o governo e foi duro. O tucano-chefe afirmou que, apesar de respeitar as posições dos parlamentares, cobra uma definição: aquele quer estiver com a base deve votar com os pleitos do governo. Em seguida, sugeriu que aquele que não quiser seguir com a base, não tem problema: pode buscar seus próprios rumos. Na verdade, o governador não quer perder companheiros de jornada, mas indicou que não dá para manter aliança com parceiros pela metade, sobretudo com políticos que só são parceiros quando lhes interessam.