Bravo tira Portugal da Copa das Confederações ao defender três pênaltis

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Soccer Football - Portugal v Chile - FIFA Confederations Cup Russia 2017 - Semi Final - Kazan Arena, Kazan, Russia - June 28, 2017 Chile’s Claudio Bravo saves from Portugal’s Nani to win the penalty shootout REUTERS/Carl Recine TPX IMAGES OF THE DAY
Bravo tirou Portugal da Copa das Confederações ao defender três pênaltis seguidos na decisão por tiros livres depois do empate sem gols no jogo e prorrogação na semifinal desta quarta-feira (28/6). Fez o que poucos em sua posição conseguiram em anos de carreira e deu a vitória ao Chile. Foi eleito o melhor da noite. Negou-se a tomar gol de Cristiano Ronaldo nos 120 minutos de bola rolando. Negou-se também a buscar a bola no fundo das redes nas penalidades cobradas por Quaresma, João Moutinho e Nani.
Em suas mãos, Portugal sofreu e parou em Kazan. Deu adeus ao título da competição. De suas mãos, e dos tiros certeiros de Vidal, Aranguiz e Sanchez, saiu a classificação do Chile para a final do torneio na Rússia. Os chilenos agora aguardam o outro finalista do duelo entre Alemanha e México, que jogam nesta quinta, em Sochi. Após o milagre de Bravo, o goleiro foi atirado para o ar pelos companheiros e aplaudido pela torcida.

Portugal foi valente durante o jogo. Enquanto a torcida chilena, mais de 12 mil no país-sede, fazia festa nas numeradas da Arena Kazan, a seleção portuguesa tratou de jogar bola. Nos primeiros 45 minutos, o time comandado por Cristiano Ronaldo foi mais efetivo, esteve mais tempo no campo do adversário e teve as mais claras chances de gol. Portugal foi mais encorpado. O Chile jogou por uma bola enfiada entre a linha de marcadores do rival europeu. Ora para Alexis Sanchez, ora para Vargas.

O técnico Juan Antonio Pizzi cumpriu sua promessa de não fazer marcação individual em Cristiano Ronaldo. Foi seu maior erro. O atacante do Real Madrid ganhava todas as bolas, fazia passes para seus companheiros, como o que cruzou a área da esquerda para a direita até encontrar André Silva aos 7 minutos. O português parou na defesa de Bravo. Minutos antes, Vargas recebeu de Sánchez na primeira jogada ofensiva que deu certo para o Chile. Não fosse também a saída providencial de Rui Patrício, a festa dos chilenos teria aumentado desde o começo.
A partir daí, Portugal e Cristiano Ronaldo tomaram conta da partida. Pressionaram mais, tiveram as melhores oportunidades e não deram tréguas à defesa do time sul-americano. Não demorou para Pizzi corrigir seu erro e deixar ao menos uma sobra na marcação de Ronaldo. Fernando Santos fez com que o garoto André Silva combinasse bem com o astro, feito a dupla que o atacante faz com Benzema no Real Madrid. Eles foram perigosos. O Chile jogou melhor do que foi contra a Austrália (1 a 1), mas esteve longe de mostrar o poder ofensivo que o levou para a Copa das Confederações.
Foi mais perigoso no segundo tempo, arriscando mais e saindo com mais vontade para o ataque. Jogou melhor. Portugal deu espaço sem, em nenhum momento, desistir da batalha. Qualquer erro poderia ser fatal. E tanto Chile quanto Portugal não deram bobeira. Foi um jogo bem disputado, de muita marcação, entrega e movimentação. Faltou talento, drible, jogadas individuais. Cristiano Ronaldo tentou, mas esteve mais para o time do que para ele próprio. Os goleiros tiveram boas atuações quando acionados. Rui Patrício defendeu voleio de Sánchez aos 12. Na sequência, Ronaldo obrigou Bravo a fazer o mesmo em chute forte.
Em alguns momentos, o jogo ficou mais rápido e franco. Mas só em alguns momentos. As defesas se sobressaíram diante dos atacantes. A torcida chilena, que começou barulhenta, diminuiu o ritmo, certamente entendendo a dureza do jogo. O empate sem gols abriu a prorrogação pela primeira vez nesta Copa das Confederações.

Prorrogação 
O Chile deu a bola para Portugal nos dois tempos. Preferiu atacar somente quando tinha chances. E teve duas. No fim do segundo tempo da prorrogação, duas bolas na trave em sequência. A primeira num tiro de Arturo Vidal, que se entregou de corpo e alma à decisão. No rebote, Martín Rodríguez acertou o travessão. Seria um castigo para os portugueses se a bola tivesse entrado, mas um prêmio para a equipe chilena por sua persistência. A vaga para a final sairia nos pênaltis. E das mãos de Bravo. (Agência Estado)