CORPO DE CRIANÇA MORTA POR PADRASTO É ENTERRADO EM CEMITÉRIO DE GOIÂNIA

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O corpo de Antônyo Jorge Ferreira da Silva, de 9 anos, foi enterrado no Cemitério Jardim da Saudade, às 17h desta quinta-feira (25), em Goiânia. Pai dele, o carpinteiro Claudemilton Ferreira de Souza, de 32 anos, tentou leva-lo para ser sepultado em Boa Vista (RR), onde mora, mas não conseguiu por causa do estado de decomposição. O padrasto do garoto confessou ter matado a vítima. Ele e a mãe do menino, que negou envolvimento com o crime, estão presos.

O agente funerário Wagner Vieira, que analisou o corpo da criança, afirmou que a vítima já estava em estado de decomposição muito avançado e não seria possível prepara-lo para a viagem.

“Para levar o corpo para outro estado é preciso fazer uma higienização e a funerária precisa declarar que fez esse procedimento. No entanto, não foi possível realizar essa higienização porque o corpo já estava 95% deteriorado. Infelizmente não poderíamos assinar essa autorização”, explicou.

O pai de Antônyo havia revelado em entrevista que conversou com o filho dias antes dele morrer e o garoto pediu para ir morar com o pai. “Três dias antes dele morrer, eu conversei com ele e ele pediu para morar comigo, não queria ficar mais aqui”, disse.

Crime

O padrasto da criança Renato Carvalho Lima, de 20 anos, confessou ter matado o menino. Ele disse à Polícia Civil que a mãe do garoto, Jeannie da Silva Oliveira, de 27 anos, pediu a morte do filho. Ela negou qualquer envolvimento com o crime. Ambos estão presos preventivamente.

Antônyo morreu na sexta-feira (19). Em um vídeo feito pela Polícia Civil, o padrasto da vítima conta como asfixiou o menino. “Passei um lençol no pescoço dele, abracei e dei um mata-leão, enforquei até ele ficar sem ar”, disse na gravação. O corpo da vítima foi colocado dentro de uma caixa de papelão e, depois, abandonado em um terreno enrolado em cobertas.

Investigação

Segundo o delegado responsável pelo caso, Valdemir Pereira, o casal chegou a registrar um boletim de ocorrência comunicando o desaparecimento da criança. A mãe afirmou à Polícia Civil que o filho tinha sido sequestrado.

“Segundo a mãe, o filho tinha sido levado por traficantes por uma dívida de R$ 850 do companheiro. Porém, questionado, o padrasto não soube informar para quem ele devia e nem como tinha contraído aquela dívida”, disse o delegado.

Diante das contradições do casal e da frieza da mãe, os dois passaram a ser suspeitos do crime. Após três horas de interrogatório, Renato confessou o assassinato. Os dois foram presos em flagrante.

“O Renato contou que a mãe não queria mais cuidar do filho, não queria ter a responsabilidade, queria ficar sozinha”, disse o delegado. Eles vão responder por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e falsa comunicação de crime.