Jair Humberto, presidente da Câmara de Vereadores de Catalão, concede entrevista coletiva sobre questão salarial dos servidores do Legislativo

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O Sudeste

Na última sexta-feira, 24, o presidente da Câmara de Vereadores de Catalão, Jair Humberto, concedeu entrevista coletiva à imprensa, sobre a questão salarial dos servidores da casa. Em março deste ano, o Ministério público recomendou ao Legislativo Catalano, que cargos em comissão e efetivos fossem adequados na proporção 50% a 50%.  Recentemente, em agosto, o MP também recomendou a suspensão de gratificações.

Jair Humberto afirmou que o problema é proveniente de erros cometidos por gestões anteriores, especialmente nos anos de 2015 e 2016, quando o presidente da Câmara era outro vereador e que os fatos só se repercutiram agora. “As notícias foram veiculadas de forma truncada, maldosa até, por assim dizer, sobre a questão salarial dentro do Legislativo Catalano. O assunto tem que ser dividido em 2 partes, primeiro, a questão dos casos comissionados, que é recomendação do Ministério público, que nada tem a ver com os valores que foram publicados pela imprensa, que diz respeito a cargos efetivos, e esses cargos efetivos não foram criados por mim. Eles foram criados em 2015 e o presidente era o vereador Juarez Rodovalho”, ressaltou.

O presidente da Câmara de Vereadores relatou, que em onze meses, foram criadas quatro leis que davam mais de 100% de aumento para os funcionários efetivos. “Não estou falando de funcionários efetivos, estou falando de uma conduta irresponsável e inconsequente, que colocou a Câmara nessa situação que está, e eu preciso prestar esclarecimentos à população, para dizer a todos que eu nada tenho a ver com isso, inclusive, posteriormente, a Câmara de Vereadores, em 2017, judicializou, tentando anular essas leis, e não conseguiu, pois foi julgado improcedente, e a Câmara teve que acatar a decisão”, pontuou.

Jair Humberto enfatizou que mesmo não sendo o responsável pelo problema, está disposto a resolvê-lo. De acordo com ele, a principal questão passa pelo estatuto do Legislativo, que terá mudanças importantes. “Já estou definindo as mudanças que eu vou fazer, protegendo, é lógico, o direito adquirido, que é o que a Justiça mandou fazer, mas nós vamos tomar decisões severas, não só com relação ao estatuto, como também, sobre os cargos comissionados. Tenho um pensamento muito além, muito melhor, muito mais restritivo do que o Ministério Público, pois enquanto o Ministério Público pede a suspensão e o que se suspende pode voltar, eu penso na extinção, pois é aquilo que acaba e não pode voltar. Esse é o pensamento, de mim como presidente e de todos os vereadores”, esclareceu.