PSDB sai na frente de olho na disputa em 2018

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É certo que o processo eleitoral de 2018, mais especificamente sobre a realização das convenções partidárias que irão definir o tabuleiro da sucessão estadual. A escolha se dará em junho do próximo ano. No entanto, os pré-candidatos já colocados já se movimento, uns com maior atividades, outros nem tanto.

Tudo indica que, mais uma vez, haverá uma briga particular entre os governadoriáveis do PSDB e do PMDB. De um lado, o atual vice-governador tucano José Eliton, e do outro, o deputado federal Daniel Vilela.

O PMDB, que chegou ao poder nas eleições de 1982, com Iris Rezende, foi desalojado do Palácio das Esmeraldas após 16 anos, pelo PSDB de Marconi Perillo, numa disputa acirrada com o líder peemedebista. Com a vitória em 2014, Marconi conquistou quatro mandatos, sendo que de 2007 a 2011, governou Alcides Rodrigues (PR).

Mesmo estando prestes a completar 20 anos no poder, o atual grupo político, comandado por Marconi, parece que não perdeu o folego. Coordenador do Programa Goiás na Frente, José Eliton ganha ainda mais visibilidade e tende a se viabilizar como nome natural da base aliada para 2018.

Desde que assumiu o comando da legenda, o deputado federal Giuseppe Vecci também trabalha para aumentar o número de filiados no Estado, perto, hoje, de 78 mil. Esse planejamento já começou a ser colocado em prática, com o encontros regionais. O último evento aconteceu no fim de abril, em São Miguel do Araguaia. Antes, porém, em março, o partido promoveu I fórum regional com todos os partidos aliados, em Jataí.

Longe do poder no Estado desde 1998, o PMDB continua inerte, neste ano pré-eleitoral. O banho de água fira veio no início de abril, quando foi divulgada a lista do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato, com autorização para investigar políticos, com ou sem foro privilegiado.

Nela aparecem os nomes de Daniel Vilela, e de seu pai, Maguito Vilela, ex-governador (1995/1998) e ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, por dois mandatos (2008/20016), que foram citados por delatores da empreiteira Odebrecht. Na relação também constam ministros de Estado, senadores e deputados federais, de um total de 108 alvos de 83 inquéritos encaminhados ao Supremo pela Procuradoria-Geral da República.

Tanto Daniel quanto Maguito negaram qualquer envolvimento com a Odebrecht.   

PMDB vai retomar encontros regionais 

Tudo indica, porém, que o PMDB – que tem o maior número de filiados em Goiás (140 mil) – está saindo do estado de letargia político-eleitoral. Ontem, Daniel Vilela esteve reunido, na sede do diretório estadual, com deputados e ex-deputados. No encontro, a Executiva Regional discutiu a retomada dos encontros regionais e como o partido vai se posicionar sobre o processo sucessório de 2018. Ficou definido que o primeiro será realizado na cidade de Inhumas.

Da mesma forma que o PSDB, o partido também vai lançar uma campanha de estímulo a novas filiações. “A meta é disputar a eleição do próximo ano com uma boa chapa de candidatos à Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados”, disse o deputado José Nelto, que é líder da bancada da legenda na Assembleia Legislativa.

Nas eleições de 2014, o então candidato a governador, Iris Rezende, fechou aliança com DEM, SD, PC do B, PRTB, PTN e PPL. Para as próximas eleições, tudo indica que o Solidariedade do ex-deputado Armando Vergílio não caminhará com o PMDB, já que a legenda se reaproximou de Marconi. O mesmo poderá ocorrer com o Democratas do senador e presidente do partido, Ronaldo Caiado, que já se coloca como pré-candidato a governador.

Ainda não se sabe se haverá uma composição entre o PMDB e o DEM, já que os dois partidos pretendem lançar candidaturas próprias. A aliança pode se tornar ainda mais improvável, se os peemedebistas decidirem por se coligar com o PT, cujas conversas já começaram, via o deputado federal Rubens Otoni, e o seu irmão, o ex-prefeito de Anápolis, Antônio Gomide.

Presidente do DEM em Goiás, Caiado tem percorrido o Estado e se reunindo com lideranças regionais, em nome do que ele classifica de “projeto de mudança para Goiás”. Recentemente ele esteve com representantes do PMN e do PPL, duas legendas que apoiaram Iris em 2014.